O Paraíso Não Está à Vista
Rainer W. Fassbinder
"O Paraíso (teatral) existe: encontrei-o no Bairro Alto. Este espectáculo ficará certamente como um dos grandes espectáculos dos anos 80 em Portugal" Carlos Porto, Diário de Lisboa
Ficha artística

Direcção:

Rogério de Carvalho

Interpretação:

José Lopes | Silvina Pereira | Helena Lucas | Ávila Costa | Carlos Paula Vasconcelos
Sinopse
(...) Neste espectáculo estão presentes relações de violência e de poder. Que formas de violência? Formas de violência mascarada? Como distinguir violência e não violência? Não se pode falar da força no singular, pois, toda a força supõe outras forças que lhe resistem, a combatem ou a anulam. Obrigar alguém não é violentá-lo? Exemplo: os efeitos do castigo sobre a aprendizagem (relação professor/aluno). O facto de infligir uma penalização não vem das pulsões destruidoras dos participantes mas da sua integração numa estrutura social de que eles são incapazes de se libertarem. O soldado mata porque lhe foi dito para matar e considera seu dever obedecer às ordens. (...) De duas partes se compõe o espectáculo. Na 2ª o texto dos “sketches” são repetidos. Conhecemos o texto e as situações são diferentes. Ou melhor, as situações são as mesmas e as imagens diferentes. O que talvez se possa dizer “ a repetição – as coisas repetidas significam”. Há um tratamento de imagem diferente do tratamento da imagem do cinema, bastando que na imagem teatral as coisas e os actores estão lá, no cinema já estiveram. E o peso da imagem numa sala como a da Casa da Madeira. É à volta de algumas delas que se organizam (manipulam) os diversos comportamentos das personagens, originando assim as tenções necessárias de forma que cada situação trabalhada obtém o ritmo adequado. Repare-se no olhar como expressão, discurso do corpo: a violência seria a solidão de um olhar mudo (o aluno no sketch da professora), dum rosto sem palavra (o sketch do teste do frio). Rogério de Carvalho
Sobre o espectáculo
– Cartaz
– Programa
– Imprensa
Sinopse
(...) Neste espectáculo estão presentes relações de violência e de poder. Que formas de violência? Formas de violência mascarada? Como distinguir violência e não violência? Não se pode falar da força no singular, pois, toda a força supõe outras forças que lhe resistem, a combatem ou a anulam. Obrigar alguém não é violentá-lo? Exemplo: os efeitos do castigo sobre a aprendizagem (relação professor/aluno). O facto de infligir uma penalização não vem das pulsões destruidoras dos participantes mas da sua integração numa estrutura social de que eles são incapazes de se libertarem. O soldado mata porque lhe foi dito para matar e considera seu dever obedecer às ordens. (...) De duas partes se compõe o espectáculo. Na 2ª o texto dos “sketches” são repetidos. Conhecemos o texto e as situações são diferentes. Ou melhor, as situações são as mesmas e as imagens diferentes. O que talvez se possa dizer “ a repetição – as coisas repetidas significam”. Há um tratamento de imagem diferente do tratamento da imagem do cinema, bastando que na imagem teatral as coisas e os actores estão lá, no cinema já estiveram. E o peso da imagem numa sala como a da Casa da Madeira. É à volta de algumas delas que se organizam (manipulam) os diversos comportamentos das personagens, originando assim as tenções necessárias de forma que cada situação trabalhada obtém o ritmo adequado. Repare-se no olhar como expressão, discurso do corpo: a violência seria a solidão de um olhar mudo (o aluno no sketch da professora), dum rosto sem palavra (o sketch do teste do frio). Rogério de Carvalho
Sobre o expectáculo
– Cartaz
– Programa
– Imprensa
Ficha artística

Direcção:

Rogério de Carvalho

Interpretação:

José Lopes | Silvina Pereira | Helena Lucas | Ávila Costa | Carlos Paula Vasconcelos

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