O Rei e a Rosa
De Filipe Petronilho
A experiência que o Teatro Maizum vive, é prolixa em amigar-se com o que teme com o que não tem o teatro. É esta grandeza que faz, por modesta que seja, libertar a fantasia e a ousadia de ser livre.
Ficha artística

Direcção:

Silvina Pereira

Interpretação:

Alfredo Brito | Isabel Fernandes | Silvina Pereira
Sinopse
Não corre em mar de rosas o teatro português, a sombra que um dia se deitou para definitivamente descansar na cama lusa, continua ainda na grande noite de repouso, à espera de algum pós-moderno despertador, que a estremeça violentamente, cruelmente, para que com todas as palavras teatralmente possíveis, a faça precipitar no atlântico suspiro dos ausentes. E isto torna-se trágico se não soubermos, logo à entrada do labirinto da saudade, «distinguir se o nosso passado é o nosso futuro ou se o nosso futuro é o nosso passado”. Mas talvez consigamos resolver a contradição se recorrermos à qualidade genética de sermos netos de Pessoa, e como tal, herdeiros de uma natureza sonhadora, mas desperta, ocupada não no fazer, mas sim no esperar. Espera para nada e para ninguém, é o maior ruído, o maior grito que esse relógio-despertador pode soar na Hora do Teatro Português receber as graças da luz. Escrever uma peça de Teatro em Portugal é, imediatamente e lucidamente, escrever para o a-teatro português. Isto é, sentir o peso dramatúrgico da quantidade de peças já escritas em português. O resto sabemos nós: são raras as que alcançam a verdadeira alma teatral. Corremos todos os riscos sem alternativa, não obstante suportá-los. Poderíamos neste momento ser mais um Clov de Beckett, que num sobressalto de revolta, interroga: «Mas para que é que eu sirvo?». De imediato Hamm diz-lhe derradeiramente: «Para me dares réplica.» è neste sentido (qual sentido?) que a fraternidade é furiosa, severamente dramática, e pede a Godot que empobreça/enfraqueça ainda mais e nos faça conhecer e excluir. Por amor.
Sobre o espectáculo
– Cartaz
– Programa
– Imprensa
Sinopse
Não corre em mar de rosas o teatro português, a sombra que um dia se deitou para definitivamente descansar na cama lusa, continua ainda na grande noite de repouso, à espera de algum pós-moderno despertador, que a estremeça violentamente, cruelmente, para que com todas as palavras teatralmente possíveis, a faça precipitar no atlântico suspiro dos ausentes. E isto torna-se trágico se não soubermos, logo à entrada do labirinto da saudade, «distinguir se o nosso passado é o nosso futuro ou se o nosso futuro é o nosso passado”. Mas talvez consigamos resolver a contradição se recorrermos à qualidade genética de sermos netos de Pessoa, e como tal, herdeiros de uma natureza sonhadora, mas desperta, ocupada não no fazer, mas sim no esperar. Espera para nada e para ninguém, é o maior ruído, o maior grito que esse relógio-despertador pode soar na Hora do Teatro Português receber as graças da luz. Escrever uma peça de Teatro em Portugal é, imediatamente e lucidamente, escrever para o a-teatro português. Isto é, sentir o peso dramatúrgico da quantidade de peças já escritas em português. O resto sabemos nós: são raras as que alcançam a verdadeira alma teatral. Corremos todos os riscos sem alternativa, não obstante suportá-los. Poderíamos neste momento ser mais um Clov de Beckett, que num sobressalto de revolta, interroga: «Mas para que é que eu sirvo?». De imediato Hamm diz-lhe derradeiramente: «Para me dares réplica.» è neste sentido (qual sentido?) que a fraternidade é furiosa, severamente dramática, e pede a Godot que empobreça/enfraqueça ainda mais e nos faça conhecer e excluir. Por amor.
Sobre o expectáculo
– Cartaz
– Programa
– Imprensa
Ficha artística

Direcção:

Silvina Pereira

Interpretação:

Alfredo Brito | Isabel Fernandes | Silvina Pereira

Em destaque